Resenha - O Filho de Ester

Autor: Jean Sasson
Editora:
Best Seller
Páginas:
486
Sinopse: Jean
Sasson, autora da trilogia Princesa, nos traz O filho de Ester, seu primeiro
romance histórico. Envolvendo alguns dos períodos mais importantes do século
XX, como o Holocausto e a ocupação da Palestina pelas tropas israelitas, a obra
narra a vida de três famílias inexoravelmente interligadas por essas tragédias,
cada uma escondendo segredos que assombram as outras há anos. Porém, há um
segredo tão impactante que, mesmo após o mistério ter sido revelado, terá o
poder de destruir muitas vidas.
A história de “O Filho de Ester” começa em Paris em
1938 quando uma bela jovem polonesa Judia chama Ester, se apaixona por Joseph,
um homem muito bonito que conhecera em uma viagem a França. Logo que o casal se
viu, foi paixão a primeira vista e logo o casal decidiu se casar. O casamento
de Joseph e Ester foi pelo amor, e não pelo antigo costume de casamentos
arranjados, o que faz os pais da menina se perguntarem se ao quebrar a
tradição, não estariam trazendo infelicidade e sofrimento ao casamento de sua
única filha. Depois de alguns anos perceberam que seus medos eram infundados e
que Joseph, apesar de ter fama de mulherengo, se mostrou um marido fiel e
amoroso, que faria de tudo por sua linda esposa.
Jean Sasson é a minha autora preferida quando o assunto
é o Oriente médio e histórias reais, ela é muito sensível na sua narrativa e
apesar de mostrar os vários lados de uma mesma história neste livro percebe-se
que ela não tenta apontar culpados, mas sim com muito cuidado, mostrar como é a
vida dessas pessoas, o que elas passam, como elas são. Sasson abre as portas de
uma cultura rígida, que só conhecemos pelos noticiários, como uma cultura
arcaica e que só causa ódio e rancor, mas há muito mais por trás a se conhecer.
Há amor, há paixão por suas crenças e fidelidade. Algo que nós, ocidentais, não
conhecemos.
A história em O Filho de Ester é pesada, pois junta
acontecimentos reais como a segunda guerra mundial a vários acontecimentos
ficcionais paralelos que impedem a linearidade da história, pois em um momento
estamos em Varsóvia e quando nos acostumamos com a narrativa e os personagens,
pulamos para outro lugar e a história perde o ritmo. Até o final do livro nós
não descobrimos o que a autora pretende ao nos contar a história de Ester e
Joseph, mas no final descobrimos a razão do título. Minha impressão é que se a
história tivesse sido escrita ao inverso, ia prender mais a atenção do leitor a
narrativa e ia deixar a sensação de que você está lendo e não sabe para que, de
lado. Vale citar também os personagens muito bem construídos
e diálogos bem feitos (Marca registrada da autora).
No geral, um livro muito bom que nos faz pensar em uma
realidade totalmente diferente da nossa, mas tão rica e linda quanto. Como
primeiro romance de ficção história da autora, acho que ela foi muito bem. E Para
terminar a resenha desta bela história digo: “Abençoado sejas Tu, Deus, nosso
Senhor, mestre do universo, que é bom e fez o bem.”.
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