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Resenha - Desonrada

Autor: Mukhtar Mai (com a colaboração de Marie – Thérèse Cuny)

Editora: Best Seller

Páginas: 151

Sinopse: Neste relato chocante Mukhtar Mai expõe a barbárie do sistema de castas no Paquistão, do qual foi vítima. Com isso mostra o poder supreendente da filha analfabeta de um humilde queijeiro paquistanês que teve coragem de desafiar séculos de tradição e lutar por justiça. Uma história a um só tempo brutal e inspiradora, Desonrada é o símbolo mais poderoso surgido nos últimos anos de luta das mulheres contra toda forma de violência. 

Citação do livro: “Foi ali que eles me violaram, na terra batida de um estábulo vazio. Quatro homens. Não sei quanto tempo durou essa tortura infame. Uma hora ou uma noite.”


Esse é um livro chocante, que conta a história de Mukhtar Mai, uma paquistanesa que vivia tranquilamente em sua tribo, até que um dia seu irmão é acusado de ter se envolvido com uma menina de casta maior e por esse motivo, ela é incumbida de pedir perdão pelo crime que seu irmão supostamente cometeu, em nome da honra perdida da família de casta maior que a dela, os Mastoi. Mas chegando lá e se humilhando ao pedir perdão na frente deles ela percebe que apenas pedir desculpas não seria suficiente para eles e que ela sofreria uma punição, que muitas outras mulheres inocentes sofrem no Paquistão todos os dias.
O livro começa com os relatos do dia em que Mukhtar Mai foi perdi perdão aos Mastoi por um crime de honra, supostamente, cometido por seu irmão menor de apenas 12 anos, porém lá ela é estrupada, brutalmente, por quatro homens e depois jogada na rua seminua a vista de todos na aldeia onde ela vive. E então o livro nos leva a um depoimento dos sentimentos que ela sentiu logo após do ocorrido: primeiro o topor, depois a vontade de se matar, depois a raiva por aqueles que fizeram isso com ela a ponto de querer fazer justiça com as próprias mãos. Porém quando seu caso foi contado em uma reportagem em um jornal e ganhou notoriedade no mundo ela percebeu que conseguiria justiça da forma correta e que lutaria se fosse preciso, para ver esses homens pagarem pelo que fizeram com ela e com toda a sua família.
Mukhtar não queria pretendia se tornar um símbolo da luta das mulheres no Paquistão, mas percebeu que alguém teria de lutar pelos direitos das mulheres lá, e quem melhor do que ela, que tinha vivido na pele a dor que muitas mulheres já sentiram, para lutar pela igualdade entre os sexos e os direitos da mulher. Se tornando assim um símbolo pela sua garra, em um mundo em que as mulheres valem menos do que uma cabra e tem de aceitar tudo o que o homem lhes impõe sem reclamar. Por essas e por outras é que esse livro é revoltante ao vermos que lá as mulheres não têm direito algum e por isso, os homens fazem o que bem entendem dela, com a certeza de que sairão impunes. Mas por outro lado ficamos felizes de vivermos em um país em que temos uma lei que protege, a nós, mulheres, o que não acontece lá.
Por fim, eu recomendo muito esse livro tanto para os homens quanto para as mulheres, pois ele abre nossos olhos para a verdade por trás da sociedade paquistanesa e da situação das mulheres, que vivem isso, em todo o mundo.

Obs: A foto na capa é da Mukhtar mesmo ou não? quem souber a resposta me fala!
Outra coisa pessoal, se gostaram da história do livro, comentem bastante e quem sabe não tem um sorteio de um exemplar deste livro aqui no blog...  :)

6 comentários:

Lu 17 de maio de 2011 às 10:02  

ei Bella, esse livro parece ser bem triste.
Daqueles que a gente chora lendo. =/
bonita resenha.
beijos.

Thiago de Andrade 19 de maio de 2011 às 00:28  

Acho que não faz meu estilo XD

Kézia Lôbo 20 de maio de 2011 às 07:13  

Nossa deve ser super forte e triste... com certeza é vou querer ler!

αηδψϊηћα ஐβϊττψஐ 20 de maio de 2011 às 09:01  

História forte e triste.
Não mto meu tipo de leitura, mas se cair nas minhas mãos não deixarei passar...

Andy_Mon Petit Poison

Unknown 20 de maio de 2011 às 13:42  

Eu também achava que não faria o meu estilo, mas esse é um livro chocante que me fez para para pensar muitas coisas. E eu acho isso ótimo em uma leitura.

Paula Borges,  13 de junho de 2011 às 05:57  

"A foto na capa é da Mukhtar mesmo ou não?"

Sim, é ela mesma. Basta comparar os traços faciais dela em outras fotos disponíveis na internet.

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